Neste primeiro bimestre resolvi focar o trabalho de escrita nas trocas de fonemas visto que este tipo de engano é muito comum nas séries de alfabetização. Esta matéria é muito interessante e recorda alguns conceitos essenciais para a consolidação da aprendizagem no processo de alfabetização.
A seguir temos algumas sugestões de atividades que objetivam sanar essas dificuldades. Espero que curtam.
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Jacaré ou chacaré?
Fique atento. Trocas ortográficas constantes após o 3º ano podem ser sinal de uma dificuldade de aprendizagem chamada disortografia
Por Mariana de Viveiros
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| Objetivos: ★Trabalhar as trocas de letras cometidas pelas crianças na hora de escrever ★ Propiciar avanços na escrita ★ Relacionar as palavras às figuras correspondentes | |
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"Minha gasa é ponita". Esse tipo de troca de letras é comum na fase de alfabetização, quando as crianças estão adquirindo as habilidades da leitura e da escrita. Muitas crianças sentem dificuldade de associar os fonemas (som das letras) e os grafemas (escrita das letras), principalmente das chamadas consoantes surdas e sonoras (F e V, T e D, P e B, C e G), que têm sons parecidos e para serem pronunciadas exigem o mesmo movimento da boca. Ou seja, ao escreverem uma palavra, não sabem qual letra devem colocar no papel. Por exemplo, vaca é com v ou com f? Isso porque a relação com sons e palavras impressas ainda não estão dominadas por completo. Mas quando essa dificuldade persiste ao longo do Ensino Fundamental I é possível que a criança sofra de uma dificuldade de aprendizagem chamada de disortografia. "Hoje é mais fácil para o professor detectar a disortografia porque a alfabetização é global. Quando a alfabetização é feita do modo tradicional, com cada letra sendo trabalhada separadamente, demora mais para ser percebida", diz a psicopedagoga e escritora de livros infanto-juvenis Paula Furtado. "Em escolas bilíngues, muitas vezes o professor acha que a criança está misturando as línguas", completa. Saiba mais sobre essa dificuldade de aprendizagem a seguir.
Na Ponta da Língua
Esse é o nome da coleção de livros da psicopedagoga e escritora Paula Furtado. Cada volume trabalha determinadas letras ("p e b", "c e g", "d e t", "f e v", g e j" e "x e ch"). Os livros estão a venda em www.paulafurtado.com. br/pg_livros.htm. Nesse link você também encontra sugestões de atividades. |
Características
★ Troca de letras que têm sons parecidos: feio e veio, xícara e jícara, pata e bata, contente e condende ★ Adição de sílabas: pirulito/pirulilito ★ Omissão de letras: bravo/ bavo, prato/pato ★ Contaminação de sílabas: pipoca/picoca ★ Separação incorreta de palavras: a prender ★ Aglutinação de palavras: Amanhã nãovou para aescola
★ Dificuldade em perceber as sinalizações gráficas como parágrafos, acentuação e pontuação ★ A disortografia pode ou não estar associada a trocas desses mesmos fonemas na fala, dificuldade chamada de distúrbio articulatório ou troca de letras na fala ★ Devido à dificuldade, a criança disortográfica evita escrever e, quando escreve, os textos são curtos
Disortografia x dislexia
A dislexia é um distúrbio na leitura que afeta a escrita, normalmente detectado na fase da alfabetização, enquanto a disortografia é um distúrbio auditivo. "Geralmente disléxicos são disortográficos, mas disortográficos não necessariamente são disléxicos", explica Paula Furtado. |
Tem gente que acha que cópia é um método tradicional demais, mas eu acredito que com essa atividade trabalha-se muita coisa, pois estimula a organização interna. Paula Furtado
Como lidar com alunos disortográficos
★ Estimule a memória visual das crianças com cartazes de letras e números espalhados pela sala de aula. Mas tome cuidado com a poluição visual ★ Elogie o aluno quando ele escrever corretamente ★ Encaminhe a criança para um fonoaudiólogo ou psicopedagogo. "Para um tratamento eficiente é preciso que haja parceria entre o fonoaudiólogo/ psicopedagogo, os pais e a escola", acredita Paula Furtado ★ Observe quais são as trocas mais comuns que seus alunos cometem e aplique jogos e brincadeiras para trabalhá-las. Veja a seguir algumas sugestões
Atividades
Elas foram sugeridas pela fonoaudióloga, mestre em Educação e escritora de livros paradidáticos e sobre inclusão educacional Márcia Honora e pela psicopedagoga Paula Furtado.
Ditado e ditado mudo |
1. Pegue as principais dificuldades dos alunos e prepare um ditado. Por exemplo, se você tem alunos que trocam o c pelo g, dite primeiro só palavras com c e depois só palavras com g. 2. É interessante também que a criança visualize as palavras. Então, escreva a palavra na lousa e dê um tempo para que a turma a observe. Em seguida apague-a e peça para as crianças escrevê-las no caderno. |
Envelope surpresa
Materiais: ★ Envelopes ★ Figuras que representem palavras que confundem as crianças ★ Letras móveis
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Como fazer 1. Cole uma figura em cada envelope (no lado onde se escreve o destinatário). Você pode desenhar as figuras, tirar xerox e pintá-las ou recortá-las de revistas. 2. Tire xerox do quadro com as letras do alfabeto disponível na folha de moldes e recorte as letras.
3. Coloque dentro do envelope as letras correspondentes à figura escolhida.
Como fazerEntregue os envelopes aos alunos e peça para eles montarem as palavras correspondentes às figuras com as letras que estão dentro do envelope. |
Dica!
No começo, coloque no envelope apenas as letras que a criança irá utilizar para "escrever" a palavra. Depois de algum tempo, coloque também letras que não serão utilizadas. Por exemplo, se a palavra é jacaré, coloque, além do j a c a r e, um x, um c e um i. |
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Fonte:
http://revistaguiafundamental.uol.com.br
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Adorei as sugestões! Abraço!
ResponderExcluirAdorei as sugestões! Abraço!
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